sábado, 23 de outubro de 2010

Hanseníase

Doença que tem cura. Na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação.

O que é?

Doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-Lázaro, mal-da-pele ou mal -do-sangue.

Transmissão

Não é uma doença hereditária. A forma de transmissão é pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera bacilo no ar e cria a possibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social. O contato deve ser íntimo e freqüente.

Contágio

A maioria das pessoas é resistente ao bacilo e, portanto, não adoece. De 7 doentes, apenas um oferece risco de contaminação.
Das 8 pessoas que tiveram contato com o paciente com possibilidade de infecção, apenas 2 contraem a doença. Desses 2, um torna-se infectante.

O ataque da doença

O bacilo de Hansen pode atingir vários nervos, mas contamina mais freqüentemente o dos braços e das pernas. Com o avanço da doença, os nervos ficam danificados e podem impedir o movimentos dos membros, como fechar mãos e andar.1 - Nervos mais atingidos.


Cuidados que o doente deve ter

Olhos

Repare se você tem permanentemente a sensação de estar com areia nos olhos, a visão embaçada ou ressecada de repente, ou se tem piscado mais que o normal. Pode ser um pequeno nervo dos olhos afetado pela doença.
O que fazer - Observe se há ciscos e limpe com soro. Se está difícil fechar os olhos, exercite-os forçando o músculo ao abrir e fechar.

Nariz

Se sente que o nariz tem ficado entupido com freqüência, se têm aparecido cascas ou sangramentos súbitos, se tem sentido cheiro ruim, o osso do nariz pode ter sido atingido pela doença.
O que fazer - Limpe o nariz com soro fisiológico, inspirando e expirando. Nunca arranque as casquinhas.

Mãos e braços

Se nota dor ou formigamento, choque ou dormência nas mãos, braços e cotovelos ou se as mãos ficam inchadas e com dificuldade de sustentar os objetos, fique atento.
O que fazer - Faça repouso do braço afetado, evite os movimentos repetitivos e não carregue objetos pesados. Procure o serviço de saúde. Use óleos ou cremes para evitar ressecamento.

Pés

Se sente dor e câimbras nas pernas, fraqueza nos pés, formigamento ou choque; se surgem muitas feridas, calos ou bolhas, é sinal de que o nervo foi atingido. Por isso, a pele resseca e o pé fica fraco.
O que fazer - Fique em repouso e ande calçado apenas quando necessário. Procure o médico. Regiões esbranquiçadas e insensíveis na pele são um sinal da doença.

Sintomas


Aparecimento de caroços ou inchados no rosto, orelhas, cotovelos e mãos.

Entupimento constante no nariz, com um pouco de sangue e feridas.

Redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao tato.


Manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas.

Partes do corpo dormentes ou amortecidas. Em especial as regiões cobertas.


Tratamento

A hanseníase se apresenta, basicamente, de duas formas. O tratamento depende do tipo.
  • Se for do tipo paucibacilar (com poucos bacilos), o tratamento é mais rápido. É dada uma dose mensal de remédios durante seis meses. Além da ingestão de um comprimido diário;
  • Se for do tipo multibacilar (com muitos bacilos), o tempo para tratamento é mais longo. São 12 doses do medicamento, uma por mês. Além de dois outros remédios diários durante os dois anos.
O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de saúde.



FONTE: TEXTO E IMAGENS: CORREIO BRAZILIENSE

sábado, 16 de outubro de 2010

Artrite REUMATÓIDE JUVENIL

Nomes alternativos:

ARJ, poliartrite juvenil crônica, doença de Still

Definição:

Doença inflamatória crônica que pode ocasionar danos nas articulações ou tecidos conjuntivos. O início da doença ocorre antes dos 16 anos.

Causas, incidência e fatores de risco:

Acredita-se que a ARJ pertença à classe de doenças do colágeno (as doenças relacionadas com o tecido conjuntivo). É uma doença complicada. A manifestação primária é a artrite, mas a doença pode envolver outros sistemas do corpo tais como o coração e seu revestimento (pericárdio), os pulmões e seu revestimento (pleura), os olhos e a pele. A artrite sistêmica afeta 20% das pessoas com artrite juvenil e apresenta sintomas como febreerupção e baço dilatado (esplenomegalia) além deinflamação articular. Geralmente a ARJ se divide em 5 grandes grupos, dependendo se um grande número de articulações está envolvido ou se são poucas, se o fator reumatóide (um exame de sangue) é positivo ou negativo e se os olhos estão envolvidos ou não:
  • muitas articulações afetadas e uma fator reumatóide positivo
  • muitas articulações afetadas e fator reumatóide negativo
  • poucas articulações afetadas e anticorpo antinuclear positivo
  • poucas articulações afetadas e antígeno HLA-B27 superficial positivo
  • ARJ sistêmico (em todo o corpo)
A determinação da categoria é geralmente feita por um especialista em reumatologia.O início da artrite pode ser lento ou extremamente rápido. Um primeiro sinal do início lento pode ser rigidez matinal. A artrite de ARJ é caracterizada por articulações inchadas e dolorosas principalmente com movimento e ás vezes com toque. A pele sobre a articulação geralmente não é vermelha mas pode ser. A forma sistêmica da ARJ pode aparecer inicialmente com febre alta, calafrios e erupções, mas sem dor articular. Na forma sistêmica, a artrite pode se desenvolver meses após o aparecimento da febre. As duas formas de ARJ, onde há poucas articulações envolvidas, freqüentemente estão associadas com doença ocular. A forma mais grave de doença ocular, a iridociclite crônica da ARJ, pode levar a problemas visuais ou cegueira. A forma mais leve de doença ocular associada com ARJ é a iridociclite aguda, a qual geralmente regride espontaneamente, sem danos permanentes. A causa da artrite reumatóide juvenil é desconhecida. O crescimento pode ser afetado durante os períodos ativos da doença. Meninas são mais afetadas que meninos. O início da doença ocorre com mais freqüência entre 2 e 5 anos e entre os 9 e 12 anos. Os fatores de risco são antecedentes familiares e infecção ou vacina recente de rubéola.


Sintomas:

Sintomas gerais:
Sintomas relacionados com os olhos:
Outros sintomas:

Sinais e exames:

Também pode haver sinais de :
Os exames incluem:

Tratamento:

O objetivo do tratamento é conservar a mobilidade e funcionamento da articulação e apoiar o paciente e a família durante uma doença crônica prolongada.
Os medicamentos terapêuticos incluem:
  • aspirina
  • agentes antiinflamatórios não-esteróides (AINEs)
  • corticosteróides
  • corticosteróides oftálmicos tópicos
  • midriáticos
  • terapia com ouro
  • agentes de cloroquina
  • agentes imunossupressores (raramente utilizados em crianças)
Obs.: fale com o médico antes de administrar AINEs a crianças.
Fisioterapia e programas de exercícios podem ser recomendados. Procedimentos cirúrgicos podem ser indicados, incluindo substituição da articulação.

Expectativas (prognóstico):

A ARJ raramente é fatal. Longos períodos de remissão espontânea são típicos. Freqüentemente, a ARJ melhora ou entra em remissão na puberdade. Aproximadamente 75% dos pacientes de ARJ entram em remissão com um mínimo de perda de função e deformidades.
estresse causado pela doença geralmente pode ser aliviado por meio da participação em um grupo de apoio, onde os membros compartilham experiências e problemas em comum. Veja grupo de apoio para artrite.

Complicações

Solicitação de assistência médica:

Marque uma consulta com seu médico se notar sintomas de artrite reumatóide juvenil. Solicite assistência médica se os sintomas piorarem, não melhorarem com o tratamento ou se novos sintomas se desenvolverem.

Prevenção:

Não há prevenção conhecida para a ARJ.



FONTE: DR. TANGO.COM

ARTRITE REUMATÓIDE

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica de origem auto-imune que acomete principalmente articulações sinoviais, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional.

É uma doença muito freqüente, aproximadamente 10% dos problemas em articulações são devido à artrite reumatóide.
As mulheres são duas vezes mais afetadas do que os homens e sua incidência aumenta com a idade.
Com a progressão da doença, os indivíduos portadores de artrite desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, além da redução da expectativa de vida tanto em homens como em mulheres.
Apesar de ser uma doença sem cura, existem tratamentos eficazes para o seu controle, e muitos reumatologistas estão desenvolvendo estratégias terapêuticas mais poderosas e agressivas contra a artrite reumatóide.
O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento da artrite antes do surgimento de danos mais severos.

Sintomas da artrite reumatóide

Os sintomas iniciais da artrite reumatóide são:
  • Mal estar;
  • Febre baixa;
  • Suores;
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Humor deprimido ou irritado;
  • Dores nas articulações, na maioria das vezes de forma simétrica, ou seja, nos dois lados do corpo;
Com o tempo, os sintomas da artrite tornam-se mais acentuados:
  • Articulações com sinais evidentes de inflamação: dor, inchaço, calor, vermelhidão, rigidez mais intensa após despertar;
  • A inflamação acomete pelo menos três articulações;
  • Aumento dos gânglios,
  • Anemia;
  • Nódulos subcutâneos.
Qualquer articulação sinovial pode apresentar a inflamação da artrite reumatóide, as mais comuns são:
  • Mãos;
  • Joelhos;
  • Pés;
  • Cotovelos;
  • Ombros;
  • Têmporo-mandibular;
  • Coluna cervical.
As principais complicações da artrite reumatóide são:
  • Deformidades progressivas;
  • Perda de função da região acometida;
  • Desgaste das articulações (artrose);
  • Ruptura de tendões;
  • Instabilidade da coluna cervical.
Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.

Causas da artrite reumatóide

A artrite reumatóide acomete homens e mulheres de todas as idades, porém é duas a três vezes mais freqüente em mulheres.
A maior incidência da artrite ocorre em pessoas entre 50 e 70 anos.
A doença artrite reumatóide é auto-imune, ou seja, é causada quando as células do sistema imunológico passam a atacar as juntas e articulações do próprio corpo. Esta reação auto-imune leva a inflamação progressiva dos tecidos que revestem as articulações causando danos em cartilagens, ossos, tensões e ligamentos próximos às juntas. Gradualmente a articulação perde sua forma e alinhamento, podendo até ser completamente destruída.

Diagnóstico da artrite reumatóide

O diagnóstico da artrite reumatóide é feito pelo médico por meio de uma consulta com uma história e exame físico completos, que incluem busca de sintomas de atividade da doença, avaliação do estado funcional atual evidências objetivas de inflamação articular, problemas mecânicos articulares, presença de comprometimento extra-articular e de lesão radiográfica.
O médico poderá solicitar exames complementares que incluem:
  • Hemograma completo;
  • Velocidade de hemossedimentação;
  • Função renal;
  • Enzimas hepáticas;
  • Exame qualitativo de urina;
  • Fator reumatóide;
  • Análise do líquido intra-articular;
  • Radiografia das articulações das mãos, dos pés e das demais articulações comprometidas.

Tratamento da artrite reumatóide

O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são extremamente importantes para o controle adequado da artrite reumatóide, prevenindo a incapacidade funcional e lesão articular irreversível.
Em torno de 75% dos pacientes portadores de artrite reumatóide apresentam melhora quando são tratados com baixas doses de medicações durante o primeiro ano da doença, no entanto, pelo menos 10% dos pacientes apresentam pouca resposta, sofrendo incapacitação pela doença.
Os objetivos principais do tratamento são:
  • Prevenir ou controlar a lesão articular;
  • Prevenir a perda de função;
  • Diminuir a dor e maximizar a qualidade de vida.

Tratamento não medicamentoso para artrite reumatóide

O papel do repouso deve ser enfatizado, evitando-se imobilização prolongada que pode piorar o quadro. O repouso total durante um curto período de tempo pode ser benéfico para pacientes com doença grave e dolorosa. Já para pessoas com sintomas leves e moderados, períodos regulares de repouso são recomendados.
A estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e repouso.
A imobilização ou restrição dos movimentos tem como objetivo aliviar as dores pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser feita mediante orientação médica.
Exercícios envolvendo atividade aeróbica, exercícios de resistência, alongamento e relaxamento, devem ser estimulados observando-se os limites individuais e a atividade da artrite. Exercícios e fisioterapia oferecem maior sucesso quando iniciados após a inflamação ter sido tratada e controlada.
Existem acessórios que auxiliam os pacientes com artrite reumatóide a realizar as tarefas diárias, tais como sapatos ortopédicos mais confortáveis.

Tratamento medicamentoso para artrite reumatóide

O tratamento com medicamentos para artrite reumatóide varia de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade.
Sintomáticos
Para o controle da dor e do processo inflamatório articular, uso de antiinflamatórios não esteroidais e também doses baixas de corticóides utilizados de forma intermitente, particularmente em pacientes com doença de difícil controle.
Pacientes em uso prolongado de corticóides devem receber suplementação de cálcio (1.500mg/dia) e vitamina D (800UI/dia).
Medicamentos que modificam o curso da doença
Estas drogas representam o verdadeiro tratamento da artrite reumatóide, pois atuam processo patológico para ajudar a prevenir complicações e incapacidade. Dentre estas, estão incluídas sulfassalazina, hidroxicloroquina, metotrexato, azatioprina, sais de ouro, penicilamina, ciclofosfamida e ciclosporina.
Agentes biológicos
Novas drogas modificadoras do curso da doença, derivadas da biotecnologia, foram desenvolvidas para atuar contra elementos responsáveis pela instalação e progressão da artrite reumatóide. Entre este, incluem medicamentos como infliximabe, etanercept, adalimumab.
FONTE: BANCO DE SAÚDE